Nesta terça começa setembro – o mês das flores que vem anunciar a proximidade da primavera e de 2021 – afinal 2020 foi um ano difícil para a maioria de nós.
Mas setembro também é um mês de conscientização: é o mês de prevenção ao suicídio. O assunto é espinhoso e parece não ter nenhuma relação com o esporte, que respira vida. Mas não é bem assim – muitas vezes temos dificuldade em identificar os sintomas em pessoas próximas, que precisam de ajuda.
De acordo com o site https://www.setembroamarelo.org.br/, num estudo realizado pela Unicamp foi constatado que “17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso.”
Mas podemos reverter esse quadro. Ainda de acordo com o CVV (Como Vai Você?, ONG que atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio do telefone, chat, e-mail e pessoalmente) é possível tomar algumas medidas de prevenção, identificando os sintomas: “Podemos ficar atentos ao isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como ‘preferia estar morto’ ou ‘quero desaparecer’ podem indicar necessidade de ajuda.”
Pensando nisso e acreditando que devemos ser agentes da mudança e do bem-estar, desenvolvemos com a psicóloga voluntária Triathlon Brasil, Nicole Manzoni, a Campanha Setembro Amarelo – Precisamos falar sobre suicídio, divulgando, ao longo de setembro, informativos que podem orientar as pessoas que se encontram neste momento de desespero, bem como seus parentes e amigos – é fundamental aprender a identificar os sinais dessa situação.
Falar sobre suicídio ainda é um tabu, principalmente no meio esportivo. Mas precisamos quebrar essa barreira e compartilhar informações que podem salvar vidas! Nessa campanha preventiva vamos conversar, com responsabilidade, sobre prevenção e a importância da conscientização da sociedade para este assunto.
Se você se encontra nesta situação, procure ajuda: não é necessário passar por isso sozinho.
Excelente iniciativa! O esporte, e principalmente o Triathlon, tem um potencial enorme de combate à depressão. É importante desmistificar a sensação que muitos ainda tem, de que o Triathlon é para super homens e super mulheres. Essa visão afasta as pessoas, principalmente aqueles que não querem se expor. Falo isso por mim, e também porque tenho um filho depressivo. Pratico Triathlon como um caminho para a saúde do corpo e da mente, e gostaria de colaborar sempre que possível em campanha e ações de conscientização sobre o esporte como terapia contra a depressão. Através do esporte ao ar livre é possível retomarmos o prazer da vida, sem sacrifícios.