Classificação Esportiva Funcional 2025

Informativo – Classificação Esportiva Funcional 2025

O que é a Classificação Esportiva Funcional

A classificação esportiva funcional é o processo técnico que garante equidade competitiva no Para Triátlon. Por meio de avaliações padronizadas, atletas com diferentes tipos de deficiência são enquadrados em classes funcionais que refletem como a sua condição impacta a execução das habilidades do esporte (nadar, pedalar, correr e transições), de modo que o resultado final dependa principalmente do desempenho esportivo.

Quem pode participar (público-alvo)

Atletas com deficiência permanente e verificável que impacte funções motoras e/ou visuais, incluindo (exemplos não exaustivos):

  • Comprometimentos físicos dos membros superiores ou inferiores (amputações, diferenças de comprimento/força/controle, paralisias, sequelas neurológicas, limitações articulares significativas, entre outros);
  • Usuários de cadeira de rodas para locomoção no dia a dia ou durante a competição;
  • Deficiência visual (B1 a B3), com participação obrigatória de guia nos eventos oficiais.

Observação: A elegibilidade é determinada por documentos médicos e pela avaliação de classificadores credenciados, seguindo os regulamentos técnicos em vigor.

Classes funcionais no Para Triatlon

Classes oficiais e deficiências elegíveis

1) PTWC — Usuários de cadeira de rodas (seated)

Subclasses:

  • PTWC-H1 – Usuários de cadeira de rodas com grau mais severo de comprometimento.
    Implicações: uso de handcycle no ciclismo e racing wheelchair na corrida.
    Abrange deficiências como: deficiência de força muscular, ausência de membro, hipertonia, ataxia e/ou atetose.
  • PTWC-H2 – Usuários de cadeira de rodas com comprometimento menos severo.
    Implicações: mesmos equipamentos (handcycle e racing wheelchair).
    Deficiências semelhantes às de PTWC1.

2) PTS — Atletas ambulantes

Subclasses (conforme grau de impedimento físico):

  • PTS2 – Impairments severos. Pode haver uso de próteses ou dispositivos de apoio para correr e pedalar.
    Inclui, entre outros: ausência de membro, hipertonia, ataxia, atetose, força muscular reduzida ou limitação de movimento.
  • PTS3 – Impairments significativos, porém menos graves que PTS2.
    Mesmas possibilidades de dispositivos de apoio.
  • PTS4 – Impairments moderados.
    Uso de próteses/dispositivos de apoio permitido.
  • PTS5 – Impairments leves.
    Também permite o uso de equipamentos de auxílio.

3) PTVI — Atletas com deficiência visual

Competem em uma categoria conjunta, com três subclasses funcionais:

  • PTVI (B1) – Totalmente cegos (sem percepção de luz).
    Guia obrigatório (mesma nacionalidade e gênero); uso de tandem no ciclismo.
  • PTVI (B2)Alta deficiência visual.
    Mesmas exigências de guia e uso de tandem.
  • PTVI (B3)Deficiência visual moderada.
    Mantém guia e uso de tandem.

Deficiências elegíveis (exemplos principais)

  • Impaired muscle power (força muscular reduzida) a ponto de interferir funcionalmente nos movimentos;
  • Limb deficiency (ausência de membro);
  • Hypertonia, ataxia, athetosis (distúrbios neurológicos do controle motor);
  • Reduced range of movement (limitação de ADM) com impacto funcional relevante;
  • Deficiência visual (PTVI, subdividida em B1, B2, B3).

O que não está compreendido (impedimentos inelegíveis – referência IPC)

Condições que não configuram impedimento elegível para o Para TriAtlon, por não atenderem aos critérios de limitação de atividade definidos pelo IPC, incluem, a título de exemplo:
fibromialgia; síndrome da fadiga crônica; síndrome de Ehlers‑Danlos; transtorno de estresse pós‑traumático (PTSD).

Observação: A elegibilidade final e a classe são sempre determinadas por classificadores credenciados, com base na documentação médica apresentada e nos protocolos de avaliação em vigor.

Planejamento 2025 – Janela de Classificação

Estamos organizando uma janela nacional de Classificação Esportiva Funcional 2025:

  • Data principal (a confirmar): 14 e 15 de novembro de 2025
    Local: Jurerê Internacional, Florianópolis/SC (em conjunto com a etapa do Campeonato Brasileiro de Para Triátlon).
  • Alternativa (se necessário): mês de dezembro de 2025, local a confirmar.
    Essa opção será acionada caso questões operacionais impeçam a realização na data principal.

Assim que houver confirmação final de data/horários e procedimento logístico (check-in, triagem documental, janelas de testes), publicaremos uma atualização neste mesmo canal.

Quem deve solicitar a Classificação

  • Novos(as) atletas que ainda não possuem status de classe funcional no Para Triátlon;
  • Atletas com mudança clínica relevante desde a última avaliação;
  • Atletas indicados(as) para revisão periódica por exigência regulatória.

Documentos e pré-requisitos (orientação geral)

Para agilizar o processo, recomenda-se preparar previamente:

  1. Documento de identificação oficial com foto;
  2. Laudo(s) médico(s) atualizado(s) descrevendo a condição, lateralidade, histórico, exames e impactos funcionais (preferencialmente com CID e data);
  3. Relatos de funcionalidade (mobilidade, atividades de vida diária, uso de órteses/próteses/cadeira de rodas, etc.);
  4. Materiais específicos do esporte (quando aplicável): próteses, órteses, handcycle, tandem, racing wheelchair;
  5. Termos e formulários que venham a ser solicitados pela organização.

A lista definitiva de documentos, horários e procedimentos será divulgada junto com a confirmação final da janela de classificação.

Como manifestar interesse (obrigatório)

Todos(as) os(as) atletas interessados(as) devem preencher o Formulário de Intenção para a Classificação Esportiva Funcional 2025:

➡️ Formulário de Intenção: CLIQUE AQUI!

O preenchimento do formulário é essencial para dimensionarmos a equipe de classificadores, a estrutura e a logística de atendimento. Após o envio, a equipe técnica poderá entrar em contato para orientações adicionais e, se necessário, solicitar documentação complementar.

Formulários e documentos obrigatórios

Além do formulário de intenção, os(as) interessados(as) deverão apresentar no momento da classificação:

  • Ficha padrão da World Triathlon preenchida conforme o tipo de deficiência:
    • PI – Physical Impairment (deficiência física): World Triathlon Paratriathlon Medical Diagnostics Form for Athletes with Physical Impairment (em inglês, preenchido por médico responsável);
    • VI – Visual Impairment (deficiência visual): World Triathlon VI Classification Form (em inglês, com campos do(a) atleta/NF e avaliação específica na classificação).
  • Laudos e documentos comprobatórios da deficiência, atualizados e relevantes (ex.: relatórios médicos, exames, imagens, escalas funcionais, histórico clínico), que descrevam a condição subjacente e os impactos funcionais.
  • Documentos de identificação e, quando aplicável, informações sobre uso de órteses/proteses, cadeira de rodas, handcycle, tandem e demais equipamentos esportivos.

Observação: a lista definitiva de documentos, prazos de envio e procedimentos de check-in será divulgada junto com a confirmação final da janela de classificação.

Perguntas frequentes (FAQ)

A classificação garante vaga em competições?
Não. A classificação determina a elegibilidade e a classe funcional. A inscrição e a participação em eventos seguem as regras específicas de cada competição (critérios de vagas, prazos, rankings, convites, etc.).

Há custos para o(a) atleta?
Não há taxa de inscrição ou custo administrativo para a Classificação Esportiva Funcional. As despesas de deslocamento, hospedagem e alimentação são de responsabilidade do(a) atleta.

Posso competir antes de ser classificado(a)?
Para eventos oficiais com controle de classes, o status de classificação pode ser pré-requisito. Consulte o regulamento específico do evento e a orientação da organização.


Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri)
Diretoria Técnica – Departamento de Para Triatlon
Contato: [email protected]

Related Posts

Leave a Reply

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.